Do pãozinho ao efeito estufa será que tem algo a ver?

Já parou para pensar o quanto o “pãozinho” de cada dia, está no cerne dos processos que impactam o planeta todo? Vale então, aguçar o olhar  nas diversas imagens de “Sistemas Alimentares” pesquisáveis. Uma variedade de infográficos, coloridos, entrelaçados e pelo geral de lógica circular, pulam na tela. Curiosa constatação a circularidade, especialmente no reino do “linear”, modelo econômico global dominante. Se conceitos como economia linear / circular não ficarem claros , recomendo assistir esse vídeo , de clareza narrativa e arte singulares. Nele, sérias possibilidades de transformação começam a emergir. Ufa!!

Voltando ao pãozinho, potencialmente capaz de mexer com clima, o ponto não é buscar culpados e sim botar uma lente de aumento nesse “todo“. Achei! Uma imagem simples e mesmo assim, prolixa que fala alto e claro.

Uma variedade enorme de assuntos tão presentes como abrangentes vem na cabeça: Recursos naturais, população crescente e equilibro do ecológico, energias renováveis e modos atuais de exploração não sustentável. Biomassa e seu aproveitamento circular – nova energia, nova economia – e carência de estrutura e vontades para expandir o que já existe nesse sentido. Indústrias de transformação de modo geral e de Alimentos em particular se conectando nesses círculos. Pragas, contaminação, emissões tóxicas e pegada de carbono, a saúde do solo, do meio, das pessoas. Aspetos regulatórios em permanente mudança, nos deixando confusos, as vezes sem norte. Segurança e seguridade alimentares, desafios sempre novos. Obesidade, diabetes, fome, dietas, tendencias e modas. Prevenção e saúde são caras da mesma moeda? A lista de dilemas planetários gravitando em volta do nosso prato, não para!

Sistemas complexos e o alimento no centro. Sinfonia de diversidade, dinamismo e circularidade: Sistema. Vai visualizando porque praticamente qualquer ação, que aspire ser transformacional, se tratar de comida, já nasce sistêmica? Comida, alimento, emfim o pãozinho. Como argumentado nesse post, para o sistema evoluir e se transformar, precisa de propósito. Não é que o simples fato de comer já é transformar? É, só que mudanças palpáveis, com resultados que atingem muitos, precisa ativar o “bem mais“, no sentido que comentamos por aqui.

Então, como o alimento está de fato no centro das grandes transformações  (as que impactam o mundo – que já acontecem- e as que o mundo precisa – e ainda não foram criadas ou expandidas) é cada vez mais frequente se deparar com referencias de gente brilhante que já viu esse fato lá na frente e vem se organizando para um levar seu impacto mais longe. Desde uma diversidade de tecnologias, a priori, “distantes” do prato  sendo cogitadas para acabar com a fome, até a proliferação de “ecossistemas” (grupos de entidade públicas com universidades, empresas e outros interessados) voltados para o assunto alimentação futuraDesafios e oportunidades sobram. Criar respostas é demais e precisa ser no coletivo.

Falar é fácil, e o “como”? Acredite, é com cada um, a cada momento, em cada coisa que faz, uma vez que enxerga de longe e “se enxerga” nesse todo. O futuro está demais presente. A cadeia produtiva alimentar é um prato cheio de oportunidades reais para a ação agora. E não é que começa a fazer sentido, pelo menos para começar, focarmos os esforços então… No prato?

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