Os nós e a rede – Nós

A NOVA ECONOMIA não é só “TECH”, é feita dos feitos e efeitos de gente. Há sempre o fator humano (ou desumano) na gestão intrínseca desse todo.

O pensador e futurista John Naisbitt, autor de Megatrends, considera a Internet, por exemplo, como um fenômeno social e não apenas tecnológico. Porque é como nós usamos a tecnologia o que delineia novos padrões de comportamento e, eventualmente, disrupções. Executamos as tarefas de sempre, de modo mais divertido ou infinitamente mais veloz (nem sempre mais eficiente). Por isso ele reflete sobre o “cambio” como uma moeda mediática. Assunto sempre quente para nos bombardear com alertas, enquanto os eventos fundamentais da vida, segundo ele, se mantem enraizados quase iguais. Por um lado, o tempo para conectar pontos distantes, produzir novos conhecimentos ou negócios, simplesmente colapsou. Por um outro, família, crenças, transações econômicas, negócios se mantem, em essência, preservados em seus elementos mais fundamentais. Daí que ele analise o “câmbio” como um chamariz, mais do que um fato consumado, pelo menos com a intensidade e profundidade com que frequentemente é descrito. 

O pensador descreve um breakthrough como uma descontinuidade que, através da interfase humana (nunca sem ela), tem capacidade de provocar rupturas na forma de fazer, conceber, realizar etc. Tecnologias de informação, bio e nano , ou mesmo as mudanças no mapa geopolítico mundial com a China se posicionando no topo, são exemplos de breakthrough. Embora, estes fenômenos viabilizam rupturas e continuarão a faze-lo por décadas, o momento atual, segundo o futurista, descreve uma dinâmica mais “evolutiva” do que disruptiva. Estamos, segundo ele, em processo de “entender, estender e aperfeiçoar” o universo de possibilidades que estes breakthroughs propiciam.

Assim, grandes transformações, podem começar com uma pessoa ou um pequeno grupo apenas. Acesso a tecnologias, habilidades criativas e contextos propícios, completam o quadro. Movimento em espiral crescente revelando novas arestas, abrindo janelas impensadas pelas quais mais pessoas, mais mentes, começam a se interessar, usar, interagir e também lapidar essa tecnologia. Soluções emergem e negócios são criados, mais e mais pessoas são impactadas e a onda cresce, amplifica. Um sem fim de novas possibilidades visualizadas, criadas, testadas, lapidadas em um ciclo que só pode ser virtuoso dependendo da natureza do core, original e sutil que permeia, sem ser percebido, o processo: A INTENÇÃO. Motor invisível aos sentidos sobressaturados de estímulos mobilizando a engrenagem toda .

O ciclo é VIRTUOSO se a intenção visa soluções para os grandes dilemas humanos, antecipando e cuidando com responsabilidade das consequências decorrentes.

O ciclo é VICIOSO, quando a intenção, mesmo que omitida, é correr atras de ganhos, sob narrativas nobres, sem se atentar aos desdobramentos. Cântico das sereias, anestesia indulgente para a consciência. Quando acorda, o desastre está lá.

A grande chamada é para nós. Pessoas, humanos, Sapiens Sapiens, com capacidade e, portanto, a responsabilidade de lapidar cenários nessa ERA em EVOLUÇÃO. Nada novo? Tal vez. É o que estamos fazendo? Pode ser. Porém há (pelo menos) um, “porém”: será que estamos sempre nos atentando ao impacto? Talento criativo + habilidades sociais + breakthroughs tecnológicos = Interseção crucial. Impacto potencial incomensurável, nem sempre sem dor.

Vai então a intenção profunda para “NÓS” todos. “NÓS” nessa rede infinita, prototipando desde pequenos casulos os grandes câmbios emergentes; para sempre tingir com apreciação, respeito e cuidado, cada decisão, cada escolha. Intenção, motiva sentimento que gera pensamento e desdobra em ação. Nós em rede multiplicam impactos. É exponencial.

A Nova Economia, não é apenas “TECH”. É feita de feitos e efeitos de gente. Porém nem tem como ser “POP” sem antes mesmo, na essência, nascer e expandir como “ECO”. Olhando para onde estamos hoje, precisa mudar drasticamente o ritmo, o instrumento a orquestra, ou tocar a mesma música e continuar a dançar… Até a próxima lama.

Fontes de inspiração original: https://medium.com/@darlene.menconi/do-vale-do-sil%C3%ADcio-ao-vale-dos-coliformes-parte-1-d42d20632859

O artigo foi postado por Rosa Alegria (linkedin.com/in/rosaalegria) em seu Facebook e por sorte, o robô, enviou para mim. 

 

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