Inovação x Qualidade qual a novidade?

Hoje acordei com essa EPIFANIA: A INOVAÇÃO, NA INDUSTRIA DE ALIMENTOS, INICIA NO DEPARTAMENTO DE QUALIDADE

E resolvi postar, então recebi diversas reações:

  • Desde “é isso aí, bora aprofundar? ” Até
  • “O que? Onde você viu isso? ”

Pois é, qualidade vs. inovação. Qualidade mais inovação. Ou… Qualidade (vezes) inovação?

Quais as semelhanças, quais as diferenças, quais os ângulos?

Departamentos e culturas FUNDAMENTAIS para sustentar e crescer qualquer negócio. Na INDÚSTRIA DE ALIMENTOS nem se fala! Tão fundamentais como complementares.

DIFERENTES também, e muito: Forma, conteúdos, metodologias, competências. Muito, mesmo.

Mas, peraí…. Será?

Após vinte anos dedicados com paixão à Inovação na Indústria de Alimentos, mais os quatro que acabei de completar como consultora, vestindo literalmente a camisa dos meus clientes, sempre da área de Alimentos, acordei hoje com essa EPIFANIA.

Foi algo assim:

As equipes de QUALIDADE da empresa, vivendo e disseminando a alma dos NOVOS TEMPOS gerando literalmente “fôlego”, não apenas financeiro, para INOVAR. Essas equipes vivendo e disseminando a inovação que a empresa precisa para inovar!

Muito doido? Tal vez. Mas veja;

Para quem conhece o modus operandi da INÚSTRIA DE ALIMENTOS, qualidade é complementar e quase que o “oposto” com inovação. Só que a interdependência é intensa. Quanto melhor funcionar essa engrenagem, melhor os resultados. Menos desperdício com novas vendas = maior lucro.

Só que acostumamos ver dois espaços quase que blindados um do outro. Se na sua empresa não é assim, que bom! Me conte, é bom demais ver isso acontecer nesse universo.

Voltando.

Interdependentes e diferentes sim, só que vivemos NOVOS TEMPOS em que:

  • Habilidades “soft”, no topo do que o consenso do RHs do mundo, orienta que devemos dominar para ter sucesso profissional. Habilidades que escolas não ensinam.
  • Pessoas comuns como você e como eu fazendo ouvir a sua voz. Falam o que pensam das marcas, grandes e pequenas, sem filtros e para todos os cantos.
  • Complexidade crescente, são indivíduos, produtos, escolhas, interações. Isso tudo junto ao mesmo tempo, gerando ambiguidades, produzindo incertezas e se manifestando em permanente volatilidade.
  • O risco é inerente a todo. Muitos negócios, entretanto, continuam a não o aceitar (não os culpo, sem metodologia não é obvio o “como fazer”!)
  • As novas tecnologias parecendo a resposta para os problemas. Só que na verdade, elas são mais uma grande oportunidade pois é o jeito individual de usá-las que faz a diferença. O fator, imaginação humana agregando valor aos negócios.
  • E a inovação? Em muitos casos ainda segue “emperrada”, quase que em looping por mais tempo do esperado.

É justamente aí, nesses NOVOS TEMPOS, que venho enxergando mais e mais pontos de convergência entre Qualidade e Inovação. Pontos de acupuntura para um sistema “travado” que pede aos berros para fluir.

Afinal, se INOVAÇÃO pode esperar, QUALIDADE é um atributo básico, cada vez mais indispensável. A qualidade, especialmente em ALIMENTOS, é imperativo que seja evidente. Sem qualidade não há negócio, ponto.  Só que essas incertezas, complexidades, volatilidades e ambiguidades todas, batem de cara em todos os aspetos da organização. Outrora, o cenário natural da INOVAÇÃO, hoje se respira “VUCA” em todos os cantos. Só que com QUALIDADE, não se brinca. Eis a convergência! 

Habilidades criativas, pensamento do design, processos lean, mecanismos ágeis de tomada de decisão, inteligência de dados para solução assertiva de problemas, intensificação tecnológica remetem ao espírito da “Indústria 4.0” no intuito de reverter em resultados concretos e avultados para o negócio.

O espaço mais urgente para aplicar isso tudo é muitas vezes QUALIDADE, sem dúvidas. Os hábitos, comportamentos e predisposições, entretanto, são nativas da INOVAÇÃO.

Uma colisão contra intuitiva, porém, perfeitamente possível, que acho empolgante!

Praticar os comportamentos da NOVA ECONOMIA (Criatividade, empatia, mentalidade e ação ágeis, aprendizado na prática e permanente) conduzem à colaboração. Não é moda e sim necessidade.  

Os profissionais da INDÚSTRIA DE ALIMENTOS que já estão acordando para esse novo olhar, estão fazendo a diferença não apenas para a empresa, mas principalmente para as suas carreiras. E não precisam ser profissionais só da QUALIDADE ou só da INOVAÇÃO. Pessoas abertas para olhar de novo (o contexto) e enxergar o novo.

Por isso, independentemente da sua função na empresa, já pensou que é possível você experimentar uma carreira criativa?

Sigo acreditando nisso. E você?

 

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